terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Violência contra a mulher não tem graça nenhuma.

Homens pelo fim da violência contra as mulheres
Seguindo a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres chegamos ao 6 de Dezembro - Data em que se comemora a Campanha do Laço Branco. Para todas as pessoas que lutam contra a violência doméstica e sexista esta é uma data muito importante, pois traz os homens para a frente de combate. A Campanha do Laço Branco é uma iniciativa do Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Por isso, escolhi o Instituto Papai para nos dizer o que é essa campanha e porque precisamos contar com os homens. Vejamos.




A Campanha Brasileira do Laço Branco tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Suas atividades são desenvolvidas em consonância com as ações dos movimentos organizados de mulheres e de outras representações sociais que buscam promover a equidade de gênero, através de ações em saúde, educação, trabalho, ação social, justiça, segurança pública e direitos humanos.
Jorge Lyra - Presidente do Instituto Papai
A Campanha surgiu a partir de um triste episódio. No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando: "você são todas feministas!?", ele começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país. Assim, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.



Foi então lançada a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher. Nas duas últimas décadas, a Campanha já foi implementada em diferentes países: na Ásia (Índia, Japão e Vietnã), Europa (Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e Portugal), África (Namíbia, Quênia, África do Sul e Marrocos), Oriente Médio (Israel), Austrália e Estados Unidos. No Brasil, o lançamento oficial da Campanha foi realizado em 2001.












Leia também:
Marcadas a Ferro

sábado, 3 de dezembro de 2011

Que bom te ver viva!

www.revistaepoca.globo.com




Impossível descrever todas as violências praticadas pelos torturadores durante o regime da ditadura civil-militar desde o golpe de 1964 contra homens mulheres e crianças, capturados ou simplesmente considerados subversivos e hostis ao novo regime policialesco. 

Todos já submetidos ao cárcere e indefesos diante dos carrascos. Desde a invasões de domicílios, maltrato de familiares assustados diante da violência, roubo de objetos de valor das famílias até, finalmente o sequestro nos porões do DOI-CODI, DEOPS, Delegacias, etc. 

Choques elétricos na partes íntimas (vagina, seios, anus); na cadeira do dragão (semelhante a cadeira elétrica, toda de metal e com o capacete de "Cristo")onde várias(os) morreram com perfuração no cérebro; afogamento ; pau-de-arara; torturas por violência sexual (estupros,, ameaças de violação, etc);tortura psicológica e moral (torturando parentes e filhos na frente do prisioneiro(a), etc., etc., testam a perversidade desse criminosos (crimes de lesa-humanidade, portanto não prescritos e não amparados pela anistia.) Rachel Moreno

Hoje quando conectei à internet a primeira coisa que vi foi essa foto de Dilma Roussef, aos 22 anos em 1970 em depoimento nos tempos sombrios que esse país viveu - a Ditadura Civil-Militar. 
Dilma tinha passado 22 dias de tortura e ali estava, pronta para o depor diante de seus algozes. Que fibra, que altivez e que coragem! 
Homens e mulheres sofreram todo tipo de tortura na época das ditaduras militares, em vários países onde ela ocorreu. Muitos depoimentos foram feitos na base da tortura, da violência física, psicológica e sexual. No entanto, foram as mulheres que mais sofreram os abusos sexuais. E no Brasil não foi diferente. O período da repressão e ditadura militar foi marcado pela falta de liberdade, pelo entreguismo aos Estados Unidos, pela violência e todo tipo de tortura e assassinatos.
Segundo a enciclopédia livre, a tortura é a imposição de dor física, psicológica por crueldade, intimidação, punição para obtenção de uma confissão, de uma informação ou simplesmente por prazer da pessoa que tortura.
Período em que muitos homens e mulheres desapareceram dos porões do DOI-CODI, que era o Destacamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna. Essa palavra (sigla) fazia muita gente tremer naquela época e faz ainda hoje pelas terríveis e amargas lembranças que provoca. O DOI-CODI foi o órgão criado pelo regime militar para prender, torturar e matar aqueles que eram contrários ao sistema.
Lembrei do filme Que bom te ver viva (1989) de Lucia Murat com participação especial de Irene Ravache, que conta a história de brasileiras que viveram a luta armada contra a ditadura militar. 
Como parte dos 16 Dias de Ativismo fica a lembrança, a homenagem e a admiração por todas as mulheres que se rebelaram, que resistiram, que enfrentaram a ira dos algozes, mas também a todas que sucumbiram, que não resistiram e desapareceram. A todas, o meu agradecimento.

Assista e leia também:
Livro relata abusos sexuais contra presos na ditadura militar
Que bom te ver viva


A foto: Dilma na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: reprodução que consta no processo da Justiça Militar)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dia Mundial de Luta contra a AIDS



Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Do começo da epidemia nos anos oitenta aos dias atuais, muita coisa mudou. De uma doença que "pouco tinha a ver com as mulheres" - pelo menos era assim que boa parte da comunidade científica acreditava - à feminização da AIDS, muitos avanços, conquistas e desafios. Mas as pessoas vivendo com HIV ainda sofrem discriminação e preconceito. Está na hora de acabar com isso, pois já se sabe muito sobre a doença, como se transmite e hoje é possível viver com HIV e ter uma boa qualidade de vida. Claro que isso ainda depende de uma série de fatores. 



Vejamos. 
Fazendo um passeio pela história da AIDS, vemos que no início dos anos oitenta uma doença misteriosa preocupava autoridades em saúde pública nos Estados Unidos. Em 1982, a comunidade científica adota para essa doença o nome "Doença dos 5H", representando Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos e Hookers (nome em inglês para profissionais do sexo).
O primeiro caso de Aids no Brasil data de 1980, embora  só classificado em 1982 em São Paulo. É nessa época o conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, por uso de drogas ou exposição a sangue e hemoderivados.
Em 1985 surge no Brasil e América Latina a primeira Organização Não-Governamental a trabalhar na luta contra a AIDS: Grupo de Apoio a Pessoas Vivendo com AIDS - GAPA/SP. E em 1986 atendendo às reivindicações e pressão dos movimentos sociais é criado o Programa Nacional de DST/AIDS, pelo então ministro Roberto Santos. 
É em 1987 que a Assembleia Nacional de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas, transforma o 1º de Dezembro em Dia Mundial de Luta contra a AIDS, para reforçar a tolerância, a solidariedade e a compreensão em relação às pessoas soropositivas.


Entre o diagnóstico e notificação do primeiro caso de Aids no Brasil e os dias atuais registra-se uma longa história com significativos avanços para as pessoas que convivem com o vírus HIV: produção de AZT, prevenção da transmissão vertical, medicamentos disponibilizados na rede pública de saúde, quebra de patentes, racismo como fator de vulnerabilidade para a população negra (2005), Brasil reduz em 50% a transmissão vertical, inauguração da primeira fábrica estatal de preservativos do Brasil e a primeira do mundo a usar látex de seringal nativo (2008, Xapuri/AC) etc.
Nesse 1º de Dezembro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, "o número de casos de AIDS é maior entre os homens quando comparado às mulheres. De 1980 a junho de 2011, foram identificados 397.662 (65, 4%) casos da doença no sexo masculino e 210.538 (34,6%) no sexo feminino".
Veja gráfico abaixo:


Gráfico: G1.globo.com/graficos


Já faz muito tempo que a AIDS está entre as mulheres. Na verdade, desde os primeiros anos a epidemia se constitui como uma realidade para as mulheres. E o crescimento de casos entre mulheres tem aumentado. É o que vem  sendo chamada Feminização da AIDS. Segundo o Plano Nacional de Enfrentamento à Feminização da AIDS, alguns fatores de vulnerabilidade devem ser considerados, entre eles os componentes socioeconômicos e culturais que estruturam as desigualdades entre mulheres e homens. O machismo que impede o uso da camisinha, a violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas, a discriminação e o preconceito contra raça, etnia, lesbianidade e bissexualidade são expressões dessa desigualdade. A seguir, vários links onde você pode obter mais informações. Seguimos junt@s lutando para enfrentar a AIDS. Toda solidariedade às pessoas que vivem com HIV. 

Saiba mais:
Documentário inédito fala sobre mulheres que contraíram Aids
Programa Nacional/Ministério da Saúde
Projeto fotográfico retrata preconceito e estigma em relação à Aids
Plano Nacional de Enfrentamento à Feminização da Aids
Número de novos casos de Aids no Brasil cai em 2010
O estigma alimenta o HIV

domingo, 27 de novembro de 2011

Lesbofobia é crime.


Segundo a enciclopédia livre wikipédia, a homofobia corresponde a uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a gays, lésbicas, bissexuais e também em relação a transgêneros e pessoas transexuais. Tais sentimentos podem ser: aversão, antipatia, desprezo, raiva inexplicável e engloba preconceito, discriminação e abuso.
Como parte dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, quero lembrar que a lesbofobia é uma manifestação de violência  contra as mulheres que amam mulheres. Inclui, além da discriminação, todo tipo de estranhamento e opressão às mulheres lésbicas e bissexuais.
Ser lésbica é um direito, uma orientação e uma identidade sexual. Portanto, é fundamental e urgente que sejam garantidos os direitos e a cidadania lésbica. 
Desde 1973 a homossexualidade deixou de ser classificada como doença, distúrbio ou perversão pela Associação Americana de Psiquiatria. É em 1985 que no Brasil o Conselho Federal de Psicologia deixa de considerar a homossexualidade como um distúrbio. E, finalmente em 1990 a Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças. Em 1991, a Anistia Internacional passa a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.


Universidade Livre Feminista
Em alguns países, a violação sexual contra lésbicas ainda é uma prática legitimada e frequente, como na África do Sul, conforme trecho do site http://www.revistainternet.com.br/ aqui em destaque: 


“estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional eestrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.
A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade — e mais do que tudo — os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.
Em muitos países da África, a homossexualidade pode ser punida como "um ato imoral", em alguns casos tem como pena uma multa e em outros até 25 anos de detenção, como ocorre na Tanzânia. Há também países como o Sudão e a Mauritânia onde a homossexualidade leva à pena a morte.

No Brasil vivemos uma série de contradições em relação aos direitos da população LGBT. A Constituição Federal Brasileira em seu Artigo 5o. garante que todos são iguais perante a lei sem preconceito de gênero, raça, credo, origem ou orientação sexual. 

Mas na prática não é bem assim. Não temos uma lei que puna a homofobia, um simples beijo gay na televisão brasileira ainda é motivo de polêmica e ainda são muitas as discriminações vividas pela população LGBT.

Graças à organização e luta dos movimentos LGBT, registram-se alguns avanços significativos como o recente (maio/2011) reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal da união homoafetiva como entidade familiar entre casais homossexuais. Assim, os direitos concedidos a casais homossexuais se assemelham em alguns aspectos à união estável: pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde. 
Ainda precisamos avançar muito em relação aos direitos LGBT e também garantir uma lei contra a homo-lesbo-transfobia.  

Para finalizar, deixo o trailer do filme Garotos Não Choram, que conta a história real de Teena Brandon, uma garota que decide assumir a sua homossexualidade e para fugir do preconceito da sociedade assume uma nova identidade como o garoto Brandon. É um filme belo e muito triste.





Leia mais:
Machismo Mata
Groselha News
Saúde de lésbicas sofre com preconceito e discriminação
Estupro corretivo na África do Sul
Homossexuais sul-africanas sofrem com onda de "estupros corretivos"
Supremo reconhece união estável de homossexuais

sábado, 26 de novembro de 2011

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher

              

                                                                          
Entre o dia 25 de Novembro e o dia 10 de dezembro, os movimentos de mulheres e feministas  de vários países, organizam anualmente os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. 
Essa é uma campanha internacional que foi criada pelos movimentos feministas e de mulheres e vem sendo realizada desde 1991 pelo Centro para Liderança das Mulheres - Center for Women's Global Leadership, dos Estados Unidos e acontece em mais de 159 países. 

No Brasil, durante muitos anos essa ação foi coordenada pela Agende - Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento - uma ONG feminista de Brasília, em parceria com várias entidades dos movimentos feministas e com apoios governamentais e de empresas privadas.
Várias atividades estarão sendo realizadas nesses 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher de 2011, pelos movimentos sociais e pelo poder executivo, como se pode ver no site do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero.

Esse ano as Blogueiras Feministas estão organizando uma blogagem coletiva com 16 posts sobre a violência contra a mulher e os 16 Dias de Ativismo, com destaque para:
  • 25 de Novembro - Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres,
  • 01 de Dezembro - Dia Mundial de Luta contra a AIDS,
  • 06 de Dezembro - Data do Massacre de Montreal que fundamenta a Campanha do Laço Branco, Homens pelo fim da violência contra a mulher e,
  • 10 de Dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos.



Vale a pena também, conferir o blog Pimenta com Limão que durante cinco dias realizou uma blogagem coletiva, escrevendo artigos e crônicas sobre violência de gênero de uma outra articulação de blogueiras, twiteiras e internauteiras feministas.

Leia Mais:
Universidade Livre Feminista
Rede Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Impunidade é Cúmplice da Violência




O 25 de Novembro é o Dia Latino-americano pelo fim da violência contra as Mulheres. Essa data simboliza a luta das mulheres pelo fim da violência na América Latina e Caribe
Foto: Google
É uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Antônia Maria Tereza que foram assassinadas depois de  presas e torturadas várias vezes pelo ditador  General Trujillo. As irmãs Mirabal lutavam pela libertação da República Dominicana, pela democracia e integravam o movimento Las Mariposas.
A data surgiu no I Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe em 1981 ocasião em que as feministas escolheram o 25 de novembro - data em que as irmãs Mirabal foram assassinadas - para marcar a luta das mulheres pelo fim da violência.

Segunda Onda do Feminismo no Brasil.
O enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil tem as suas primeiras manifestações nos anos setenta, como uma das principais bandeiras de luta da Segunda Onda do feminismo no país. Sob a insígnia "Nosso Corpo nos pertence", "Quem Ama Não Mata" e "O privado é político" as feministas reivindicavam o direito ao corpo, ao prazer e lutavam contra o patriarcado e o machismo.

A partir dos anos setenta, os movimentos feministas se articulam internacionalmente e, por pressão a Organização das Nações Unidas (ONU) na I Conferência Mundial da Mulher no México institui o Ano Internacional da Mulher e a Década da Mulher de 1975 a 1985.
No Brasil esse período coincide com o fim do regime militar e com a abertura política. A luta das mulheres ainda hoje se reflete em muitas das conquistas  políticas, sociais e econômicas no mundo inteiro.
No campo da saúde, as mulheres organizaram um amplo movimento contra a medicalização do corpo, a esterilização em massa e a luta pela legalização do aborto.
Angela Diniz
Também é com o feminismo e como resultado da luta feminista que surgem os primeiros equipamentos públicos de enfrentamento à violência contra a mulher: as delegacias especializadas de atendimento às mulheres (DEAMS), as casas-abrigo e os centros de referências, ainda nos anos oitenta que reconhecem as mulheres como vítimas da violência.
Também no início da década de oitenta, é exibida a minissérie Quem Ama Não Mata, da Rede Globo, que retratava o cotidiano de cinco casais, com seus dilemas sobre o amor, casamento e fidelidade. O título Quem Ama Não Mata era na época uma bandeira de luta das feministas em oposição a onda de assassinatos de mulheres que ocorria em vários lugares do Brasil, entre eles o de Ângela Diniz, no Rio de Janeiro.  



Conquistas.
Dos anos setenta aos dias atuais, muita coisa mudou no Brasil e no mundo em relação à violência contra as mulheres. Políticas públicas, mecanismos de proteção, convenções internacionais, Lei Maria da Penha.
Ex-médico Abdelmassih
FORAGIDO
Ainda assim, as mulheres continuam sofrendo todo tipo de violência e sendo mortas pelas mãos de ferro do machismo que segue legitimado pela sociedade. Já existe lei de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil, mas a impunidade ainda persiste.
Para lembrar isso, deixo dois casos exemplares de impunidade: o assassino foragido de Maristela Just e o ex-médico Abdelmassih que violentou e abusou sexualmente de várias mulheres e segue foragido. As mulheres do Brasil exigem que faça justiça.
  
Leia Mais:
Breve história das Irmãs Mirabal
Roger Abdelmassih
Caso Maristela Just
Marcadas a Ferro

domingo, 20 de novembro de 2011

Dia da Consciência Negra - 20 de Novembro

www.geledes.org.br
Hoje é o Dia Nacional da Consciência Negra. É um dia para homenagear Zumbi dos Palmares, grande liderança dos povos negros do Brasil e também é mais um dia para repudiar toda forma de discriminação racial.

Minha homenagem às mulheres negras. Bravas Guerreiras. Aqui simbolizadas por:




Isadora


5o.Encontro Pernambucano de Mulheres de Terreiro

Cris Nascimento e Nadegi (Loucas de Pedra Lilás)
Cristina Dorigo


Jurema Werneck

                     
Lúcia Xavier


                                                                   

Mulheres do Haiti
             
Simione Silva (e a Cris)






Vera Baroni

Vera Daisy e Isabel Clavelin

Hildézia Medeiros


Rurany Silva
Sueli Carneiro




Ex-ministra Matilde Ribeiro





OXUM



Por fim, Respeitem Meus Cabelos Brancos.




Leia mais:
Persistência do racismo no Brasil e as formas de superá-lo
Racismo: Questão Central para uma Agenda Alternativa
OXUM