quinta-feira, 25 de julho de 2013

Santo Domingo, hoje e sempre - Salve o 25 de julho! Dia da mulher negra latinoamericana e caribenha

Hoje é 25 de julho - Dia da Mulher Negra latinoamericana e do Caribe. Vamos à história!
As feministas negras que  estavam em Santo Domingo, na República Dominicana, no Encontro de mulheres afro-latinoamericanas e afro-caribenhas decidiram pela criação da rede de mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas e pela definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e caribenha.

Vera Baroni e Suely Oliveira - Encontro de Mulheres de Terreiro- PE
Do ponto de vista simbólico, é uma data cheia de significados. É dia de aglutinação de resistência, de manifestações populares e, sim, de muita luta.  É uma data que visa a resistência negra, um polo de aglutinação de forças e um momento de ampliar e fortalecer as organizações e a identidade das mulheres negras, construindo estratégias para o enfrentamento do racismo e do sexismo.

Hildézia Medeiros - negra, feminista, pernambucana 
Desde o final dos anos 70 sou feminsta - é de quando me lembro - e partipo dos movimentos de mulheres.
Desde então, aprendo todo dia com as resistentes feministas negras. Com elas aprendi, que ser feminista não é necessariamente ser anti-racista.
Que o movimento de mulheres e feminista no Brasil, lá pros idos anos 70 era de mulheres brancas, de classe média e marcadamente heterossexuais. Mas o feminsmo é mais do que isso. Muito mais. 
Obrigada negras mulheres, feministas, que todos os dias me mostram que o feminismo negro é fundamental inclusive para 'sacolejar' ideologias de branquinhas dominantes.

Bianca Cardoso - Blogueira Feminista
Com Luiza Bairros

Ultimamente tenho lido blogs de mulheres negras, de feministas negras e tenho me encantado. Tem uma galera jovem, feministas, negras - nem sempre nessa ordem - cheias de conteúdo, conhecimento e atitude. É com essas mulheres negras e feministas - e muitas outras - que eu aprendo todo dia.


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segunda-feira, 22 de julho de 2013

É mais seguro, vai por mim!

As Católicas pelo Direito de Decidir é uma organização não-governamental feminista que foi existe no Brasil desde 1993. Como diz no próprio site, "busca a justiça social, o diálogo inter-religioso e a mudança dos padrões culturais e religiosos que cerceiam a autonomia e a liberdade das mulheres, especialmente no exercício da sexualidade e da reprodução.

É muito bacana que uma organização feminista católica respeitada como as CDD falem sobre temas tão amordaçados pela Igreja Católica, como os direitos sexuais e reprodutivos, o aborto, o uso da camisinha, entre outros temas tabus e rechaçados pela igreja. Reproduzo o texto que elas estão distribuindo sobre a vinda do Papa Francisco e a necessidade de usar a camisinha. Segue abaixo, o texto e o vídeo. Recomendo.


Clique em EXIBIR IMAGENS para visualizar este e-mail.




O Papa vem aí! Fiéis vestem a camisa?

A saúde sexual é um direito. Nos últimos anos, o Estado brasileiro investiu milhões de reais em verbas públicas para conscientizar a população para a importância do uso da camisinha.
A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre. (Extraído do site do Ministério da Saúde).
Paradoxalmente, este mesmo Estado gasta mais de R$ 100 milhões para trazer o Papa Francisco e organizar a Jornada Mundial de Juventude no Brasil. Esse evento religioso, amplamente divulgado pela mídia e apoiado pelo Estado, contribuirá para a disseminação de ideias conservadoras sobre sexualidade, colocando pessoas – especialmente jovens – em sério risco.
A Igreja católica, que de forma irresponsável condena o uso da camisinha, distribuirá milhares de exemplares do seu Manual de Bioética para os/as jovens durante a JMJ. O material trata a pílula do dia seguinte e DIU como métodos abortivos, o que contradiz a ciência leiga.
Em defesa da vida, da cidadania e da autonomia dos/as jovens, das mulheres e de pessoas LGBTT, Católicas pelo Direito de Decidir produziu uma série de cinco vídeos para se contrapor a esse discurso fundamentalista. O quarto vídeo da série fala justamente sobre a importância do uso da camisinha. O vídeo tem roteiro e direção de Elisa Gargiulo e foi produzido graças ao apoio do Elas - Fundo de Investimento Social.
Para assistir o vídeo, cliquei no link:

sábado, 20 de julho de 2013

Marcha das Vadias - Rio



Vem aí, a Marcha das Vadias do Rio. 
Vê aí o release que elas estão divulgando.  

Mulheres marcham contra o estupro dia 27, em Copacabana

A Marcha das Vadias, no Rio de Janeiro, acontece desde 2011, e reúne milhares de pessoas nas ruas
No sábado, dia 27, um grupo de defensoras dos direitos das mulheres irá marchar, em Copacabana, contra o alto índice de estupros, que ocorrem no estado do Rio de Janeiro.  A data coincide com a realização da Jornada Mundial da Juventude na cidade. O objetivo é aproveitar a visibilidade do evento e chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o aumento contínuo do número de casos de violência sexual contra meninas e mulheres em todo o estado. No dia 28, será realizada uma missa campal pelo pontífice no Campus Fidei que está sendo montado em Guaratiba, na Zona Oeste. "Escolhemos marchar no sábado para evitar conflitos e duplicidade de aglomeração em Copacabana, já que, neste dia, a programação da JMJ prevê apenas o deslocamento das pessoas para Guaratiba, e compromissos do Papa no centro da cidade", declarou uma das organizadoras da Marcha das Vadias no Rio, Rogéria Peixinho.

Segundo dados do Dossiê Mulher do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), em 2012 houve um aumento de 24,1% no número de estupros de mulheres no estado do Rio de Janeiro, em comparação com o ano anterior. Foram registrados 6029 estupros nas delegacias do estado no ano passado, sendo 82,8% contra mulheres, entre estas, mais da metade tinham de zero a 14 anos de idade (51,4%), e 55,7% são negras (pretas e pardas). Ainda em relação à faixa etária, se somados os dados das mulheres vítimas de estupro até 29 anos, temos 78% dos casos de estupros cometidos contra meninas e mulheres jovens.
O município do Rio de Janeiro somou 310 registros de casos de estupro em 2012. Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis e Duque de Caxias somaram, juntas, 837 casos, seguidas por São Gonçalo, com 270. “Sabemos que estes números são subnotificados, pois, na maioria dos casos, as vítimas não têm condições ou até mesmo coragem para denunciar. A maioria dos estupros é cometida contra crianças e adolescentes, e em mais de 40% dos casos pelo pai, padrasto, parente ou conhecido”, declarou uma das organizadoras da marcha, Indianara Siqueira.

Marcha das Vadias
A Marcha das Vadias teve origem em Toronto, no Canadá, em resposta à declaração de um policial que orientou as estudantes de um campus universitário a não se vestirem como vadias (sluts) para não serem estupradas. Esta declaração foi interpretada por elas como a dupla culpabilização da vítima e isenção do agressor. No Rio de Janeiro, a Marcha das Vadias acontece desde 2011, e reúne cerca de 2 mil pessoas na Avenida Atlântica. A principal reivindicação do movimento, que já se espalhou por todas as capitais brasileiras e várias cidades do mundo, é que “A CULPA DO ESTUPRO NUNCA SERÁ DA VÍTIMA”.

SERVIÇO
Marcha das Vadias do Rio de Janeiro
Data: 27 de julho de 2013
Concentração: 13h, em frente ao Posto 5 de Copacabana
Trajeto: Av. Atlântica, do Posto 5 ao Posto 2

Contatos para imprensa:
Rogéria Peixinho – 21 79022683
Indianara Siqueira – 21 69818203
Danielle Miranda – 21 80848666
Daniela Montper - 21 91379033