segunda-feira, 18 de junho de 2012

Balada de Gisberta


Imagem: Google

  Balada de Gisberta
  Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.
E o amor é tão longe,
O amor é tão longe… (…) 

  Maria Bethânia Viana Teles Veloso nasceu no dia 18 de junho de 1946, em Santo Amaro da Purificação,   na Bahia. Segundo o jornal atarde.uol.com.br Maria Bethânia vai comemorar seu aniversário de 66 anos com a mãe, Dona Canô em Santo Amaro.  
  Hoje eu poderia escrever o quanto Bethânia tem sido importante na minha vida, alegrando e marcando tantos momentos. Sua voz, interpretação e poesia tem me acompanhado desde a minha juventude e,  ouso dizer, temos envelhecido juntas, ainda que ela lá e eu cá. Podem dizer que ela é cafona, não me importa. Podem dizer que ela canta músicas de dor de cotovelo. Não me importo. Eu também tenho um pé na cafonice e muitas vezes Bethânia serviu de trilha sonora para meus amores e dores.
 

 "Ficaram as canções e você não ficou".

 

O Álbum Oásis de Bethânia, lançado em março desse ano (2012), é o seu mais novo trabalho.
Todo sucesso, sorte e saúde à Abelha Rainha. Feliz aniversário, Maria Bethânia!

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