Foto: Google
É grande a presença das mulheres na academia, nas pesquisas e nas instituições científicas, embora isso não queira dizer que sejam pequenos os obstáculos e dificuldades enfrentados pelo sexo feminino nesse universo. Nós mulheres ainda somos a minoria quando se fala em postos de comando de agências de fomento, comitês assessores e nas reitorias das universidades.
No dia 11 de julho a presidenta Dilma Roussef entregou a cinco pesquisadores brasileiros o Prêmio Anísio Teixeira. A solenidade fez parte das comemorações dos 60 anos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Não acredito que entre tantas cientistas brasileiras não houvesse uma única mulher em condições de receber um dos Prêmios Anísio Teixeira. Segundo o site da Capes, a cada cinco anos se escolhe os agraciados, e é uma homenagem ao intelectual baiano que difundiu o papel transformador da educação e da escola para a construção da sociedade moderna e democrática.
Cerimônia de entrega do Prêmio Aniso Teixeira
Foto: ACS/Capes (http://www.capes.gov.br
Certamente esse fato não causa espanto a uma determinada parcela da comunidade científica. A favorecida, pois como se pode ver as mulheres são quase metade dos pesquisadores, mas estão distribuídas desigualmente:
Veja o que diz a matéria: Mulheres cientistas ainda sofrem com estereótipos no meio acadêmico:No Brasil, por exemplo, embora hoje as mulheres componham metade do total de pesquisadores, sua distribuição é desigual dentro das grandes áreas de conhecimento. No campo de linguística, letras e artes, elas chegam a 67% e nas ciências da saúde, a 60%. Nas ciências exatas, porém, são apenas 33% e nas engenharias, 26%. Os dados são do estudo “A participação feminina na pesquisa: presença das mulheres nas áreas do conhecimento”, conduzido por Isabel Tavares, coordenadora da área de iniciação científica do CNPq. Ela se baseou em números de 2006 do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) da instituição, da Plataforma Lattes e da Coleta/Capes.
A matéria segue afirmando que as circunstâncias são adversas para as mulheres, como mostra o trecho abaixo: "Pelo contrário, um número crescente de pesquisas sugere que homens e mulheres enfrentam circunstâncias dessemelhantes para construir suas trajetórias na pesquisa. Essas diferenças muitas vezes se traduzem sob a forma de condições menos favoráveis para que elas construam suas carreiras. Para superá-las, pode ser necessário mudar a dinâmica do modo de trabalho do cientista".
Como se pode ver, somos muitas, somos a maioria no país e seguimos discriminadas. Pelo fim da violência contra as mulheres.
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domingo, 21 de agosto de 2011
Clube do Bolinha
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São muitos ainda, os caminhos à percorrer. A minha alegria é a de saber que existem pessoas como você que em muito contribuem na abertura dessas estradas!
ResponderExcluirà luta sempre, companheira!