Imagem: Google |
A Companhia de Bebidas das Américas - Ambev, domina boa parte do mercado de bebidas no Brasil e também lidera em relação às denúncias trabalhistas, com acusações de humilhações, maus-tratos, agressões verbais e todo tipo de opressões no ambiente de trabalho, como você pode verificar AQUI e AQUI.
Além dos agravos praticados contra trabalhadores e trabalhadoras, a Ambev tem outras tantas denúncias de abuso de poder, como você pode constatar aqui.
Agora a Ambev volta outra vez a ser notícia, com novas denúncias de assédio moral. Segundo matéria publicada no site noticias.uol.com.br, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação para a Ambev por danos morais a um funcionário que foi submetido a comparecer a reuniões nas quais estavam presentes garotas de programa, sendo também obrigado a assistir filmes pornôs.
Com o título "Me sentia um lixo, diz vendedor que era obrigado pela Ambev a participar de eventos com prostitutas", o site traz uma entrevista do microempresário Elcio Milczwski, de Curitiba, sobre os anos em que trabalhou na Ambev e foi submetido a constrangimentos como ter que presenciar garotas de programa tirarem a roupa em sua frente, passar óleo bronzeador no corpo delas e a assistir filmes pornográficos em reuniões, segundo ele de "motivação" da equipe de vendas da qual fazia parte.
Quando entrou na Ambev em 2001, Elcio tinha 23 anos e seu trabalho era percorrer mercados, bares, restaurantes e outros pontos de vendas, para coletar pedidos de compras, sempre com um computador de mão. Segundo ele conta na entrevista, a partir de 2003 as reuniões matinais promovidas pela empresa com a equipe de vendas se tornaram "pouco ortodoxas". As garotas de programas eram utilizadas como forma de incentivo para o aumento de vendas e os empregados que batiam as metas recebiam um "vale garota de programa". O autor da ação diz que chegou a ser amarrado e que era obrigado a assistir filmes pornôs e chegou a ter uma stripper levada à sua sala.
Agora, a Ambev deverá pagar a indenização de R$ 50 mil por conta de "assédio moral decorrente de constrangimento, ainda segundo a matéria.
Como se pode ver, o machismo da Ambev ultrapassa a linha de publicidade das cervejas. É parte de um tratamento desrespeitoso à classe trabalhadora, às pessoas e aos consumidores em geral.
Imagem feita de telefone celular por um dos participantes foi anexada aos autos do processo |
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